Thursday, May 17, 2007

Lá vem eles de novo e o dever de casa

Estocolmo 72, Rio 92, Joanesburgo Rio+10, Kyoto 2002, etc, etc, etc...
Já foram tantas conferências para se pensar no futuro do Planeta e no fim sempre vemos a mesma divisão entre os países ricos e pobres. Um jogo de empurra-empurra que no final não traz resultado positivo nenhum.
Enquanto os países em desenvolvimento querem que a lado rico assuma o papel de principal causador dos problemas ambientais atuais, comprometendo-se, portanto, com a maior fatia da responsabilidade das ações salvadoras do meio ambiente, os países desenvolvidos correm dessa responsabilidade mais que o Diabo da cruz. E ainda têm a cara-de-pau de afirmar que a solução mais fácil para salvar o Planeta seria combater o desmatamento e as queimadas; práticas usuais no lado pobre da Terra (Brasil e Indonésia, especificamente).
Ou seja, além de não querer assumir a condição de poluidor-pagador-mor, a Europa + EUA + Canadá + Japão + Austrália querem que o 3º-mundo assuma essa dívida ambiental.
Não que o Brasil deva se negar a combater o desmatamento e as queimadas (sem estes dois fatores o Brasil, que hoje ocupa o posto de 4º maior poluidor mundial, estaria numa pseudo-privilegiada 18º colocação). Esse é o nosso dever de casa. O que não podemos é aceitar assumir o papel de Capitão-Planeta (aquele super-herói do desenho animado que lutava contra a poluição).
Capitão-Planeta é os EUA + Europa + Japão, que são ricos e podem fazer o que quiserem, basta vontade política.
Nós, países em desenvolvimento, somos apenas os ajudantes (o Brasil seria um ajudante especial) do Capitão-Planeta.

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